A mastite é a inflamação da glândula mamária da vaca, oriunda de uma infecção causada por microorganismo vindos do orifício do teto ou pelo sangue. Estas lesões causam danos ao tecido e alterações físicas e químicas no leite.
Para aumentar ainda mais a complexidade da doença, a mastite subclínica não apresenta os sintomas encontrados na versão clínica da doença, o que faz com que seja preciso recorrer a exames como o CCS e o CMT para ter um diagnóstico correto.
Temos um texto completo com tudo o que você precisa saber sobre a mastite subclínica, confira!
Mas você sabia que é possível identificar alguns sinais de que o seu rebanho apresenta a mastite subclínica? Abaixo listamos os 05 principais para que você fique bem informado. Vale lembrar que eles não substituem os exames clínicos, porém, são dicas para que você tome cuidado. Vamos nessa?
1- Queda de produção de leite
O primeiro sinal que você e a equipe da sua fazenda precisam se atentar é a queda brusca na produção de leite.
Segundo a EMBRAPA, a estimativa é que rebanhos brasileiros afetados com a mastite subclínica produzam entre 25% e 42% menos leite.
Ainda segundo o órgão, nos Estados Unidos os gastos com a queda de produção de leite são responsáveis por quase 70% dos custos com a doença. Ou seja, além de um sinal para a presença da doença em seu rebanho, esse indicador é um alerta para prejuízos financeiros para a sua propriedade.
Abaixo, apresentamos um quadro que faz a relação entre os índices CSS — falaremos deles logo em seguida —, a porcentagem do rebanho infectado e a perda de leite.
2- Contagem de células somáticas (CCS)
Outro sinal que merece a atenção no cuidado com o rebanho é a Contagem de Células Somáticas (CCS). Este é um exame relativamente fácil de ser feito. Inclusive, já falamos sobre ele aqui no blog, pois é capaz de trazer dados para comprovar a possível mastite em seu rebanho.
Animais sadios e com boa saúde da úbere têm valores de CSS que chegam até a 200.000 células/ML. Caso o exame apresente valores maiores que este, pode significar a ocorrência da doença em seu rebanho.
É importante, portanto, que o exame seja feito uma vez por mês para prevenir possíveis contaminações.
Confira as estratégias para controlar a CCS:
3- Sinais de mastite subclínica: falta de organização na ordenha
Agora começamos a falar de alguns sinais que não vem dos animais, mas das condições de infraestrutura para ordenha.
A primeira delas é a organização para o procedimento. A mastite é uma doença, por isso, o cuidado com o manuseio dos equipamentos precisa ser minucioso.
Portanto, todo o processo de monitoramento e manutenção dos equipamentos deve ser feito periodicamente para evitar problemas como o vácuo, por exemplo. Além disso, os cuidados com a higiene do local e do ordenhador e todas as boas práticas para este processo devem ser seguidas.
Veja abaixo a ordem correta para ordenha do seu rebanho para minimizar os riscos de contaminação:
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animais sadios;
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vacas multíparas sadias e sem histórico de mastite;
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animais com histórico de mastite curadas;
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vacas em tratamento;
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animais com mastite subclínica (CCS>200.000 UFC/mL);
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vacas com mastite clínica (leite deve ser descartado).
4- Ambiente para ordenha inadequado
Os pastos, galpões, ou sala de ordenhas devem ser mantidos limpos e secos. Caso esses locais estejam úmidos ou sujos, é um sinal de que o ambiente está propício para a contaminação do seu rebanho.
Isso porque os Estreptococos ambientais — bactérias causadoras da mastite —, são encontrados onde há sujeira e umidade. Ou seja, ambiente inadequado é um dos sinais de mastite subclínica em sua fazenda.
5- Falta de estratégias nutricionais
A nutrição adequada é responsável, entre outras coisas, pelo fortalecimento do sistema imunológico e o combate a doenças infecciosas. Portanto, a alimentação feita de forma errada é um dos sinais de presença de mastite subclínica em sua fazenda.
As vacas passam por momentos críticos, como a transição por exemplo, que favorecem a condição de imunossupressão do animal — processo que dificulta o sistema imunológico a combater a ação bacteriana. Alterações metabólicas como a Cetose e a Hipocalcemia, também podem contribuir para a mastite bovina.
Uso da tecnologia como medida preventiva
Entre os itens básicos para a prevenção da mastite em bovinos está:
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Manejo de qualidade
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Execução correta de procedimentos
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Mão de obra qualificada.
Além destas ações, contar com o uso da tecnologia de um software de gestão, como o Prodap SmartMilk, é fundamental. A prevenção de doenças e a tomada de decisões em sua fazenda precisa ser feita baseada em dados.
Com uma ferramenta de gestão adequada, todas as análises e controles necessários são simplificados e você consegue perceber os sinais da mastite subclínica com mais facilidade.

Sobre João Vitor Fernandes
Jornalista e pós-graduando em marketing digital, gestão e negócios.
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