Fábricas de ração animal: As 05 melhores práticas de gestão

Data: 23/04/19

Autor: Filipe Aguiar

A gestão de uma fábrica de ração animal, salvo a especificidade óbvia da atividade de lidar com ração, não é diferente de outras gestões industriais.

Em uma fábrica, seja ela qual for, a sua principal preocupação deve ser garantir que todos os processos envolvidos na atividade sejam monitorados e de mostrem eficazes.

Afinal, uma vez que os fatores e processos são monitorados, você pode fazer registros que identifiquem uma série indices como produtividade, qualidade e eficiência da produção, identificando se ela se apresentam coerente com o seu plano de desenvolvimento do negócio.

Então, antes de entender quais são as melhores práticas para gerir bem uma fábrica, vamos idenficar alguns pontos importantes que fazem parte do dia-a-dia de qualquer indústria.

Como deve funcionar uma boa gestão da fábrica?

A utilização de metodologias como o PDCA possibilita a integração de todos os colaboradores da organização em seu efetivo gerenciamento (melhoria e estabilização de resultados), a padronização da linguagem e melhoria na comunicação, entendimento da função e atividade de cada colaborador na empresa e aprendizado constante.

No campo fábrica de rações, pode-se detalhar o conceito PDCA nas seguintes ações:

Planejar:

 – Estabelecer metas (desvios e padrões), durante a aquisição dos processos e insumos;

 – Datar as entregas necessárias (planejamento de manutenção preventiva, programa de treinamentos, etc.);

 – Elaborar métodos e procedimentos (Junto aos envolvidos);

Fazer:

– Organizar recursos e equipe;

– Capacitar os colaboradores gerando engajamento e sentimento de dono;

– Aplicar a metodologia;

Monitorar:

– Implementar um programa de monitoramento com indicadores (financeiro, pessoal, produtividade e eficiência);

– Garantir que os indicadores sejam monitorados;

– Analisar os dados (rotineiramente);

Ação corretiva:

– Criar ações quando a metodologia e as metas não estiverem de acordo com o proposto, associando a utilização dos indicadores como base teórica na tomada de decisão.

pdca em fabricas de ração

 Mas além do PDCA, algumas ferramentas auxiliares tendem a potencializar a capacidade gerencial de uma fábrica de rações, são elas:

             – Mapa dos processos;

             – Divisão da estrutura fabril em mini fábricas; (Facilitando o gerenciamento dos processos);

             – Diagramas causa-efeito;

             – 5W1H;

             – Estudo das tarefas (previamente, garantindo o entendimento da equipe e a segurança dos operadores)

             – Procedimentos operacionais padrões e instruções de trabalho (construídas juntos aos operadores);

             – Controle dos processos; (gerenciamento efetivo dos indicadores, seja manual ou automatizado);

É importante destacar que o efeito associativo dos modelos de gestão acima citados, tem por objeto agir em duas grandes variáveis que influenciam diretamente a sobrevivência da indústria de rações, a primeira são as variáveis críticas relacionadas a utilização de recursos, como fórmulas, matéria-prima, programas e sistemas de gestão.

E a segunda, são variáveis relacionadas ao resultado esperado, que são rações de qualidade, que atendam as diferentes exigências dos animais, tenham o melhor custo e que sigam os preceitos da legislação pertinente como boas práticas de fabricação (BPF), HACCP Hazard Analysis and Critical Control Point, etc.

Quais os erros comuns dos gestores das fábricas de ração animal?

  1. Estabelecer uma sincronia entre a entrada de insumos na fábrica, a produção e entrega de produto acabado não é uma tarefa fácil! A rotina de uma fábrica de rações é dinâmica e dependente da equipe comercial. Os principais gargalos se iniciam no projeto da fábrica, que de um modo geral, são as principais causas das variações na especificidade das rações produzidas, em relação ao que foi proposto pelo nutricionista.
  2. Boa parte das fábricas de ração foram projetadas por pessoas que desconhecem nutrição e microbiologia (pontos de contaminação), portanto não fazem um estudo aprofundado do que será produzido, dos padrões desejados, etc.
  3. Não existe um envolvimento dos fornecedores e expertises na estruturação do projeto, o que gera ao dono da fábrica a compra de produtos isolados (equipamentos, insumos, etc.,) e não a compra de processos (metas e padrões), o qual deveria ser o objetivo principal.
  4. Além disto, projetam a fábrica sem perspectiva de crescimento, e quando tal necessidade ocorre, problemas no fluxo de produção são aumentados.

Além do projeto da fábrica, outro erro comum entre os gestores é não ter, ou não utilizar os indicadores para gerar informações robustas nas tomadas de decisão. Sejam em fábricas automatizadas (que geram dados todo o tempo) ou em fábricas operadas manualmente, os interessados ou os responsáveis pelos setores, na grande maioria, não tem acessos as análises dos dados, gerando indiferença quando da necessidade em coleta-los. A inter-relação entre quem coleta, quem analisa e o feedback faz com que o medido seja gerenciado.

Gestão de Equipe

Por fim, existem grandes falhas nos gestores no processo de contratação do colaborador, seja no operacional da fábrica, envolvendo auxiliares de produção, motoristas, operadores de painel, etc., quanto no corpo técnico e comercial.

Faltam programas de treinamento e interação entre as pessoas envolvidas nos diferentes processos, situações como esta tendem a influenciar diretamente os fluxos dentro da fábrica, como pedidos desordenados, variações de formulação, controle de qualidade, entregas fora de rotas, etc.

As 05 melhores práticas para gerir bem uma fábrica de ração e como começar agora!

  1. Otimize a estrutura física de modo que dê fluxo ao trabalho, isto não requer grandes investimentos e sim organização;
  2. Prepare o colaborador para que reconheça que seu trabalho gera valor para o negócio, defina quem são os clientes internos de cada colaborador;
  3. Planeje as atividades de rotina da fábrica, desde a qualificação de novos fornecedores de matéria-prima, processamento e transformação da mesma até a entrega do produto acabado;
  4. Atenda as legislações pertinentes ao negócio, em especial as IN’s do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estas ações tendem a dar inocuidade aos processos e produtos;
  5. Implante e utilize os indicadores de gestão, como os financeiros, pessoal, produtividade e eficiência, na tomada de decisão.

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